Parâmetros Curriculares para o Ensino Fundamental I



Introdução
Neste artigo, trago um resumo dos estudos dos Parâmetros Curriculares para os anos iniciais do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano.

 O objetivo é oferecer apoio aos professores na criação de formas de aprendizagem baseadas em metodologias eficazes.


O Ruído

Qualquer interferência que distorce ou dificulta a recepção da mensagem pode ser física (como barulho externo), psicológica (preconceitos, distrações) ou semântica (problemas de interpretação do código). Não se trata de ensinar a "fala correta", mas sim as falas adequadas aos diferentes contextos de uso da linguagem. São práticas que partem do uso real e acessível aos alunos, com o intuito de oferecer-lhes oportunidades de conquistar um uso desejável e eficaz. 

 A razão das propostas de leitura e escuta é promover a compreensão ativa, em vez da simples decodificação e silêncio. De forma similar, o objetivo das práticas de fala e escrita é a expressão e a comunicação por meio dos textos, e não a avaliação da correção formal do produto.

 As situações didáticas visam levar os alunos a refletirem sobre a linguagem para que possam compreendê-la e utilizá-la adequadamente. A linguagem é uma forma de ação interindividual orientada por uma finalidade específica; um processo de interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes nos diferentes grupos de uma sociedade, nos distintos momentos da sua história. 
 
Para que essa mediação aconteça, o professor deverá planejar, implementar e dirigir as atividades didáticas, com o objetivo de desencadear, apoiar e orientar o esforço de ação e reflexão do aluno. Compreender um conceito, apresentar uma informação nova, descrever um problema, comparar diferentes pontos de vista, argumentar a favor ou contra uma determinada hipótese ou teoria.

 O problema do preconceito disseminado na sociedade em relação às falas dialetais deve ser enfrentado, na escola, como parte do objetivo educacional mais amplo de educação para o respeito à diferença. Para isso, e também para poder ensinar Língua Portuguesa, a escola precisa livrar-se de alguns mitos:

 O mito de que existe uma única forma “certa” de falar — a que se parece com a escrita.

 O mito de que a escrita é o espelho da fala, e que, sendo assim, seria preciso “consertar” a fala do aluno para evitar que ele escreva errado.

 Essas duas crenças produziram uma prática de mutilação cultural que, além de desvalorizar a forma de falar do aluno, trata sua comunidade como se fosse formada por incapazes, denotando desconhecimento de que a escrita de uma língua não corresponde inteiramente a nenhum de seus dialetos, por mais prestígio que um deles tenha em um dado momento histórico.

 A questão não é de correção da forma, mas de sua adequação às circunstâncias de uso, ou seja, de utilização eficaz da linguagem: falar bem é falar adequadamente, é produzir o efeito pretendido. 

 Exemplos por Ano:

 1º Ano, (Alfabetização) Objetivo principal: Iniciar a alfabetização, com foco no reconhecimento das letras, sons e na construção de palavras.

 Conteúdos principais: Identificação das letras do alfabeto (vogais e consoantes). Relação entre sons e letras (consciência fonológica). Formação de palavras simples e sílabas. Leitura de palavras simples e frases curtas. Escrita de palavras e frases simples. 

2º Ano, Objetivo principal: Consolidar o processo de alfabetização, ampliando o vocabulário e a leitura de textos mais longos. Conteúdos principais: Leitura fluente de textos simples (como pequenas histórias). Escrita de frases mais completas e pequenas narrativas. Reconhecimento de diferentes tipos de textos (bilhetes, contos, poemas). Compreensão de ideias centrais em textos simples. Início da ortografia correta e uso de pontuação básica. 

3º Ano, Objetivo principal: Ampliar a compreensão de leitura e a produção escrita, com foco em textos narrativos e descritivos. Conteúdos principais: Leitura de textos mais longos e variados (fábulas, contos, pequenas reportagens). 
Produção de textos narrativos simples (começo, meio e fim). Ampliação do vocabulário e uso de palavras mais complexas. Regras ortográficas mais avançadas (como o uso do "s", "z", "ss"). Uso adequado de pontuação (ponto final, vírgula, ponto de interrogação). 

4º Ano, Objetivo principal: Desenvolver a compreensão de leitura crítica e a produção de textos mais estruturados. Conteúdos principais: Leitura de textos com diferentes gêneros (narrativo, descritivo, informativo). Interpretação de textos com maior grau de complexidade. Produção de textos informativos e descritivos. Regras gramaticais mais avançadas (plural, verbos, concordância nominal e verbal). Análise de estruturas textuais (parágrafos, sequência lógica de ideias).

5 ano, Objetivo: Desenvolver a leitura crítica e a produção de textos mais complexos. 
 Desenvolver habilidades de leitura, produção textual e compreensão de normas gramaticais.

Conteúdo: Leitura de diferentes gêneros textuais, como fábulas, crônicas e notícias. Produção de textos narrativos e argumentativos, focando na estrutura, vocabulário, pontuação, ortografia e concordância verbal. Estudo de tempos verbais e pronomes.

Metodologia: Leitura compartilhada, debates, dramatizações, análise de textos, produção escrita e revisão de textos.

Avaliação: Acompanhamento através da produção de textos, correção de atividades de gramática, participação nos debates e testes de compreensão de leitura.

Esses são de várias atividade que podemos realizar nos ano inicias da educação fundamental1, não deixando de fora o pensador e educador Piaget! de acordo com os períodos sensoriais em seu livro e nos estudos de licenciatura: 

Período Operacional Concreto: dos 7 aos 11 anos os alunos mesmo com o cérebro já estruturado para aprender a ler e escrever, precisam de ajuda com demonstrações de imagens como por exemplo: 


Jogos de montar que praticam com as mãos, realizações de raciocínio com algo demonstrando-o é necessário usar nos ambientes democráticos que são as escolas.

Conclusão do Autor: Agora que lemos o resumo, esperamos que, com ele, tenhamos reflexões mais profundas e compreendamos que não devemos mudar os outros, mas aceitar suas identidades, respeitando a vivência, o espaço do lar e suas histórias de vida, que, é claro, estão sempre em constante modificação, com o futuro sendo construído por nós mesmos.

Referências bibliográficas: 

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Brasília: Ministério da Educação, 1997.

PIAGET, Jean. A Psicologia da Criança. Tradução de Maria Lúcia de Almeida. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1972.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Impacto da IA na Sociedade

As Reflexões de Paulo Freire na Educação para um Futuro Melhor no século XXI.